O Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) é uma organização internacional da Igreja Católica, fundada em 1980, sob responsabilidade da Companhia de Jesus. O JRS tem como missão «Acompanhar, Servir e Defender» os refugiados, deslocados à força e todos os migrantes em situação de particular vulnerabilidade, estando atualmente presente em cerca de 50 países no mundo.
Serviço Jesuíta aos Refugiados
Em Portugal, o JRS é criado em 1992, e desde então, a atuação junto dos nossos utentes tem-se desenvolvido nas seguintes áreas: apoio social, apoio psicológico, apoio médico e medicamentoso, apoio jurídico, encaminhamento e apoio à integração profissional, Cursos de Língua Portuguesa e ações de formação para o emprego. Também está presente no acompanhamento a imigrantes em detenção administrativa (Unidade Habitacional de Santo António).
No Acolhimento distinguem-se as soluções de alojamento de imigrantes sem-abrigo em situação de particular vulnerabilidade social (Centro Pedro Arrupe), e aquelas onde é solução de acolhimento de requerentes de asilo como o Centro de Acolhimento Temporário de Refugiados (CATR) da Câmara Municipal de Lisboa, onde faz a gestão e acompanhamento técnico, o Centro Cristo Rei (CCR) em Vila Nova de Gaia, onde acolhe 100 pessoas vindas da Ucrânia, e o Centro Porto Seguro (CPS) onde acolhe jovens adultos.
Desde 2018, coordena a Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), responsável pelo acolhimento de mais de 1000 pessoas ao abrigo dos programas de Recolocação, Reinstalação, Admissões Humanitárias do Afeganistão e da Proteção Temporária, oriundos da Ucrânia. Para tal, conta com 10 instituições anfitriãs e 150 voluntários, através da rede das “Comunidades de Hospitalidade” dispersas por 10 cidades do País.
Para além da sua forte atuação na área da integração de migrantes e requerentes e beneficiários de proteção internacional, o JRS – Portugal desenvolve ainda ações baseadas na sua reflexão sobre a ação no terreno, quer a nível nacional, quer a nível internacional.
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Visão
Uma sociedade marcada por uma cultura de hospitalidade enriquecedora para todos e onde os migrantes, particularmente os mais vulneráveis, encontrem condições para a sua participação ativa como cidadãos de pleno direito e acedam aos meios necessários à sua autonomia.
Valores
Compaixão que impele a aliviar o sofrimento, criando empatia com o outro e tratando-o com respeito e dignidade.
Esperança que os migrantes podem reencontrar e que seja uma resposta ao seu sofrimento e às suas dificuldades.
Solidariedade que nos leva a estar em comunhão com os migrantes, tentando dar resposta aos seus problemas e colocando-nos lado a lado para a construção de uma sociedade mais inclusiva.
Hospitalidade que nos inspira a reunir as melhores condições de acompanhamento dos migrantes para que se sintam acolhidos e no centro da missão do JRS.
Justiça que nos compromete a trabalhar com os migrantes no sentido da defesa dos seus direitos, para que possam ser membros ativos e de pleno direito na nossa sociedade.
Participação que encoraja a corresponsabilidade, o discernimento e a tomada de decisão conjunta.
Princípios
Identidade Cristã
A ação do JRS Portugal é inspirada pela Doutrina Social da Igreja e pela visão cristã e inaciana da pessoa e do mundo.
Sustentabilidade
A atividade do JRS é desenvolvida tendo em consideração estratégias que conduzam a um equilíbrio financeiro, técnico e ambiental.
Responsabilidade e Proatividade
O JRS promove a liberdade e a autonomia de atuação no desenvolvimento das suas atividades, recorrendo apenas a instâncias superiores quando se vê incapaz de levar a cabo a tarefa autonomamente.
Trabalho em parceria
É fundamental desenvolver com terceiros um trabalho em parceria para que sejam encontradas soluções articuladas para os graves problemas que afetam os migrantes.
Trabalho integrado
e em equipa
A ação articulada entre as várias equipas do JRS é essencial para uma resposta integrada às múltiplas necessidades dos migrantes que nos procuram.
Avaliação e transparência
Para aferir resultados e o impacto da atuação do JRS é fundamental a monitorização e supervisão, recorrendo à avaliação interna e externa, bem como à autoavaliação, e assim, cultivar uma clareza e transparência nas ações e resultados obtidos.