Hospitalidade: precisa-se?
“Hospitalidade: precisa-se?” foi a pergunta que serviu de mote para o passado sábado, dia 9 de março. No âmbito das Eleições Europeias que se aproximam, o JRS e a Revista Brotéria organizaram um dia aberto de discussão sobre o tema do asilo e migrações com o objetivo de chamar a atenção para esta realidade e não deixá-la passar despercebida nesta altura de tomada de decisões.
O dia dividiu-se em três painéis que pretendiam responder a como é comunicada, pensada e vivida a hospitalidade hoje em dia.
No primeiro painel foi debatido o papel da comunicação social na exposição do tema em questão. Um painel composto por Cândida Pinto, diretora-adjunta da RTP, Joana Azevedo Viana, jornalista da Rádio Renascença, e José Manuel Fernandes, publisher no Observador, moderado pela Irmã Irene Guia, missionária em zonas de conflito que participou como oradora no painel da tarde.
O segundo painel deu voz a todas as famílias políticas portuguesas com assento no Parlamento Europeu. O objetivo foi perceber os diferentes pontos de vista por quem pensa estas questões e toma as decisões, contando com a presença de Cláudia Aguiar (PSD), Isabel Santos (PS), Alexandre Abreu (BE), João Pimenta Lopes (PCP), Pedro Mota Soares (CDS), António Marinho e Pinto (PDR) e José Inácio Faria (MPT). Este segundo painel foi moderado por Gonçalo Matias, Diretor de Estudos da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
O terceiro e último painel cumpriu o objetivo de mostrar como é vivida a hospitalidade. Os testemunhos dos oradores sobre os diferentes caminhos à procura do mesmo, os passados distintos e até a sua linguagem enriqueceram o debate. A Irmã Irene Guia aprendeu o que era a hospitalidade no meio do povo muçulmano que vive na parte iraquiana do Curdistão. A Ghalia Taki trabalha no JRS como mediadora cultural com o objetivo de criar ambientes hospitaleiros para os refugiados que chegaram depois dela. O Manhal, que mesmo sem nacionalidade já foi confundido por um português por ter sido tão simpático. O Afonso Cruz que encontra na hospitalidade a inspiração para os seus livros. E o João Santos, campeão de Jiu jitsu, considera a arte marcial uma comunidade de hospitalidade. Todos completaram o painel que foi moderado pela Carla Rocha, radialista da Renascença.
Foi com grande alegria que fomos vendo a sala a encher. A adesão foi-nos surpreendendo pela positiva e queríamos agradecer a todos os que estiveram presentes. Para quem não conseguiu juntar-se a nós deixamos aqui o link para os vídeos dos dois primeiros painéis.
Queremos agradecer a todos os parceiros deste evento em especial ao Ponto SJ, ao Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal e à Fábrica Braço de Prata.
Para terminar, o JRS Portugal tem uma campanha a decorrer online para apelar à participação nas Eleições Europeias. Registe-se aqui!
