1. O que se recorda da sua infância?
Eu me recordo que eu ia para escola de manhã e depois tinha que ajudar a minha mãe e em seguida voltava para a escola. Se eu chegasse atrasada tinha que ficar de joelhos nas pedrinhas. Quando eu voltava para casa eu brincava com minhas primas, irmãs, vizinhos. Foi uma infância feliz.
2. Quem é o seu herói?
Meu pai e minha mãe. A minha mãe trabalhou muito para que eu pudesse estudar o meu pai também me ajudou, mas quando ele ficou doente ele parou de me ajudar.
3. Qual foi a sua maior alegria?
Quando o filho nasceu. Eu já tinha duas meninas e queria muito um menino.
4. Quando sentiu mais medo?
Eu tive que casar forçada aos 19 anos com um homem dez anos mais velho que eu. Eu não queria casar eu queria estudar, mas eu tive que casar.
Eu tive muito medo desse casamento, mas correu tudo bem. Já estamos juntos há 38 anos.
5. O que há em Portugal que o/a faz lembrar de casa?
Na minha casa eu tinha muitas plantas, então quando eu vejo um jardim eu lembro da minha casa.
6. Depois de ter chegado a Portugal, qual a mudança mais significativa na sua vida?
Na Guiné nós apanhamos táxi e toca toca que é um tipo de transporte e autocarro é apenas para longas distâncias. Aqui em Portugal eu tive que aprender a apanhar autocarro para pequenos trajetos.
7. Onde se vê em maio de 2020? E o que precisa de fazer para chegar lá?
Eu me vejo empregada, com dinheiro, com saúde para fazer mais formações. Para alcançar esses objetivos eu tenho que terminar o curso e conseguir um emprego.
8. Qual foi o momento mais marcante da sua vida?
Quando o meu visto foi aprovado e eu pude mudar para Portugal para fazer meu tratamento. Eu sinto muitas dores , mas ainda não descobriram o que eu tenho.